quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Olinda Jazz 2009

Em sua 5º edição o Olinda Jazz acontecerá entre os dias 02 e 04 de outubro, o evento abre espaço para o intercâmbio entre artistas locais e internacionais, mostrando que o gênero é versátil o suficiente para adaptar-se a diferentes realidades e tradições. Entre os artistas que passarão pelo palco montado no Mercado da Ribeira: a dupla de cantoras franco-camaronesas Les Nubians; a Amsterdam Klezmer Band, com uma visão contemporânea da tradição musical judaica e dos Balcãs; o cantor, compositor e instrumentista Adama Yalomba, nova revelação da música do Mali; o maestro e acordeonista Oleg Fateev, da Moldávia; e os brasileiros Quinteto Violado, Moleque de Rua, Simone Soul e Bongar.
Este ano o Olinda Jazz acontece em parceria com o projeto Quitutes & Batuques, que promove uma semana de oficinas culturais em pontos de cultura do Recife e Olinda.

Confira a programação.

OLINDA JAZZ
Local: Mercado da Ribeira
02/10 – 20h
Quitutes e Batuques
Les Nubians (França/Camarões)
Adama Yalomba (Mali)
Moleque de Rua (Brasil)
e artistas de Olinda e Recife convidados
03/10 – 21h
Noite Cigana
Oleg Fateev (Moldávia)
Amsterdam Klezmer Band (Holanda)
Quinteto Violado (Brasil)
Simone Soul (Brasil)
04/10 – 17h
Adama Yalomba (Mali)
Les Nubians (França/Camarões)
Moleque de Rua (Brasil)
Bongar (Brasil)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Lançamento da Frente Estadual Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto






Na próxima segunda-feira (28) será lançada, no Recife, a Frente Estadual Contra a Criminalização das Mulheres e pela Legalização do aborto. No dia haverá um ato público, às 9h, na rua 7 de setembro, no Centro do Recife. E seguirá o dia com visitas às organizações que irão aderir à Frente como a Secretaria Estadual da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores (SEMT-CUT), a União Brasileira de Mulheres (UBM), a Rede Feminista de Saúde (RFS), a Liga Brasileira de Lésbicas (LBL), o Fórum LGBT, entre outros.

O objetivo desta Frente é elaborar estratégias para a legalização do aborto no Brasil e fortalecer a articulação das organizações e movimentos sociais na sua ação em defesa à descriminalização do procedimento. O ato vai contar com a presença de mulheres do movimento feminista, populares e de movimentos sociais.

NÚMEROS - Em 2007, foi divulgado um estudo da Federação Internacional de Planejamento Familiar que demonstrava que o aborto era causa da morte de 70 mil mulheres no mundo, sendo que nenhuma dessas mortes havia ocorrido em países onde o procedimento é legalizado. O estudo constatou que mais de 96% dos abortos eram realizados nos países mais pobres do mundo, 17% desses procedimentos aconteciam na América Latina.

Dados do Dossiê sobre a Realidade do Aborto Inseguro em Pernambuco: o Impacto da Ilegalidade do Abortamento na Saúde das Mulheres e nos Serviços de Saúde do Recife e Petrolina, elaborado pelo Ipas, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) e o Grupo Curumim, revelam que 250 mil internações de mulheres por complicações de abortos ilegais são registradas a cada ano no Brasil. Estima-se que no Brasil se realizem cerca de 1.054.243 interrupções de uma gravidez não planejada e não desejada, ao ano.


Manifesto da Frente:
Manifesto contra a criminalização das mulheres que praticam aborto
Em defesa dos direitos das mulheres

Centenas de mulheres no Brasil estão sendo perseguidas, humilhadas e condenadas por recorrerem à prática do aborto. Isso ocorre porque ainda temos uma legislação do século passado – 1940 –, que criminaliza a mulher e quem a ajudar. A criminalização do aborto condena as mulheres a um caminho de clandestinidade, ao qual se associam graves perigos para as suas vidas, saúde física e psíquica, e não contribui para reduzir este grave problema de saúde pública. As mulheres pobres, negras e jovens, do campo e da periferia das cidades, são as que mais sofrem com a criminalização. São estas que recorrem a clínicas clandestinas e a outros meios precários e inseguros, uma vez que não podem pagar pelo serviço clandestino na rede privada, que cobra altíssimos preços, nem podem viajar a países onde o aborto é legalizado, opções seguras para as mulheres ricas.

A estratégia dos setores ultraconservadores, religiosos, intensificada desde o final da década de 1990, tem sido o “estouro” de clínicas clandestinas que fazem aborto. Os objetivos destes setores conservadores são punir as mulheres e levá-las à prisão. Em diferentes Estados, os Ministérios Públicos, ao invés de garantirem a proteção das cidadãs, têm investido esforços na perseguição e investigação de mulheres que recorreram à prática do aborto. Fichas e prontuários médicos de clínicas privadas que fazem procedimento de aborto foram recolhidos, numa evidente disposição de aterrorizar e criminalizar as mulheres.

No caso do Mato Grosso do Sul, foram quase 10 mil mulheres ameaçadas de indiciamento; algumas já foram processadas e punidas com a obrigação de fazer trabalhos em creches, cuidando de bebês, num flagrante ato de violência psicológica contra estas mulheres. A estas ações efetuadas pelo Judiciário somam-se os maus tratos e humilhação que as mulheres sofrem em hospitais quando, em processo de abortamento, procuram atendimento.

Neste mesmo contexto, o Congresso Nacional aproveita para arrancar manchetes de jornais com projetos de lei que criminalizam cada vez mais as mulheres. Deputados elaboram Projetos de Lei como o “bolsa estupro”, que propõe uma bolsa mensal de um salário mínimo à mulher para manter a gestação decorrente de um estupro. A exemplo deste PL, existem muitos outros similares. A criminalização das mulheres e de todas as lutas libertárias é mais uma expressão do contexto reacionário, criado e sustentado pelo patriarcado capitalista globalizado em associação com setores religiosos fundamentalistas. Querem retirar direitos conquistados e manter o controle sobre as pessoas, especialmente sobre os corpos e a sexualidade das mulheres.

Ao contrário da prisão e condenação das mulheres, o que necessitamos e queremos é uma política integral de saúde sexual e reprodutiva que contemple todas as condições para uma prática sexual segura. A maternidade deve ser uma decisão livre e desejada e não uma obrigação das mulheres. Deve ser compreendida como função social e, portanto, o Estado deve prover todas as condições para que as mulheres decidam soberanamente se querem ou não ser mães, e quando querem. Para aquelas que desejam ser mães devem ser asseguradas condições econômicas e sociais, através de políticas públicas universais que garantam assistência a gestação, parto e puerpério, assim como os cuidados necessários ao desenvolvimento pleno de uma criança: creche, escola, lazer, saúde. As mulheres que desejam evitar gravidez devem ter garantido o planejamento reprodutivo e as que necessitam interromper uma gravidez indesejada deve ser assegurado o atendimento ao aborto legal e seguro no sistema público de saúde.

Neste contexto, não podemos nos calar! Nós, sujeitos políticos, movimentos sociais, organizações políticas, lutadores e lutadoras sociais e pelos diretos humanos, reafirmamos nosso compromisso com a construção de um mundo justo, fraterno e solidário, nos rebelamos contra a criminalização das mulheres que fazem aborto, nos reunimos nesta Frente para lutar pela dignidade e cidadania de todas as mulheres. Nenhuma mulher deve ser impedida de ser mãe. E nenhuma mulher pode ser obrigada a ser mãe. Por uma política que reconheça a autonomia das mulheres e suas decisões sobre seu corpo e sexualidade. Pela defesa da democracia e do principio constitucional do Estado laico, que deve atender a todas e todos, sem se pautar por influências religiosas e com base nos critérios da universalidade do atendimento da saúde! Por uma política que favoreça a mulheres e homens um comportamento preventivo, que promova de forma universal o acesso a todos os meios de proteção à saúde, de concepção e anticoncepção, sem coerção e com respeito.
Nenhuma mulher deve ser presa, maltratada ou humilhada por ter feito aborto!
Dignidade, autonomia, cidadania para as mulheres!
Pela não criminalização das mulheres e pela legalização do aborto!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MÃE, FAÇA SUA PARTE. DOE LEITE

Os bancos de leite do Recife enfrentam um problema crônico: não há leite suficiente nos estosques para atender à demanda. E o grande desafio tem sido conseguir sensibilizar as mães a doarem o leite que sobra.

"Muitas delas não sabem da importância de doar e acabam jogando fora o leite que o filho não consomem", explica Andrea Zacchê, coordenadora do Programa Estadual de Aleitamento Materno.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o leite materno seja o único alimento dado às crianças até os seis meses de vida. Segundo os médicos, isso proteje o bebê da maioria das doenças.

Para doar, basta procurar qualquer banco de leite. Existem 11 em todo o Estado, em unidades de saúde públicas e privadas. A própria mãe pode fazer em casa a coleta utilizando potes de vidro de café solúvel ou de maionese com tampa plástica.

"Essas embalagens são ideais porque suportam altas temperaturas durante os processos de esterilização dos potes e pasteurização do leite. Além disso, foram testados pela Rede Nacional de Bancos de Leite Humano e não liberam toxinas", detalha Sandra Hipólito, gerente de emfermagem do Banco de Leite do Imip. Ela faz um apelo para que a população procure os bancos de leite das unidades de saúde do Estado para doar esse tipo de recipiente.


BANCOS DE LEITE - PERNAMBUCO

RECIFE

- Centro Intregado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam), Encruzilhada

- Hospital Agamenom Magalhães, Tamarineira

-Hospital de Ávila, Madalena

- Hospital Barão de Lucena, Iputinga

- Hospital das Clínicas, Cidade Universitária

- Hospital Esperança, Ilha do leite

- Instituto de medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Coelhos

- Maternidade Professor Bandeira Filho, Afogados


CARUARU
- Hospital Jesus de Nazareno


ARCOVERDE
- Hospital Ruy de Barros Correia


PETROLINA
- Hospital dom Mala



Fonte: Jornal do Commercio